A UNITA, segundo partido mais votado nas eleições de 24 de Agosto em Angola, de acordo com dados oficiais, reafirma não reconhecer os resultados e pede às Forças de Defesa e Segurança a absterem-se do uso da força.
Num comunicado emitido na noite de segunda-feira, 12, o Secretariado da Comunicação e Marketing diz “reiterar o não reconhecimento dos resultados eleitorais anunciados pela CNE e legalizados pelo Tribunal Constitucional, por serem contrários à vontade expressa pela maioria dos eleitores nas urnas, no dia 24 de Agosto de 2022".
Na nota, o partido liderado por Adalberto Costa Júnior diz ainda “denunciar a denegação do direito à justiça pelo Tribunal Constitucional ao rejeitar o Pedido de Aclaração do Acórdão 769/2022” e apela “ao bom senso das Forças de Defesa e Segurança desdobradas em todo o país e equipadas com material bélico pesado, a se absterem do uso da força contra os cidadãos”.
Para a UNITA, este cenário “visa intimidar o cidadão que pretende manifestar-se contra os resultados eleitorais, no dia de tomada de posse, de um Presidente sem legitimidade”.
Aquele partido não faz referência a nenhuma decisão no sentido de promover manifestações, depois de, juntamente com a CASA-CE, PBR, BD e FNLA, ter criado uma comissão que tinha a missão de até ao passado sábado, 9, elaborar um plano de protestos contra o processo eleitoral.
A posse do Presidente, João Lourenço, e da vice-Presidente, Esperança Costa, acontece na quinta-feira, 15.