A missão de observação do Observatório Eleitoral Angolano às eleições angolanas disse que a transparência do processo eleitoral foi comprometida por “insuficiências” na preparação das eleições.
Desta missão de observação constam 61 organizações da sociedade civil, entre elas a Conferência Episcopal de Angola e Sã Tomé, CEAST e outras duas igrejas.
O Padre Celestino Epalanga, da CEAST e porta voz da missão disse que “o ambiente registado nas áreas urbanas e rurais foi favorável ao exercício do direitos de voto aos cidadãos eleitores”.
“Porém as insuficiências registas na preparação no acto de votação particularmente a falta da afixação das listas de eleitor com a devida antecedência segundo o estabelecido na lei orgânica das eleições gerais comprometeram a transparência do processo”.
No que toca ao actual momento pós eleitoral com a divulgação dos resultados finais a missão que engloba a CEAST diz ser prematuro abordar o assunto.
ONGs ameaçam manifestações
Anteriormente outras cerca de 30 organizações da sociedade civil que subscrevem uma carta dirigida à CNE e a UNITA, exigiram que se faça a recontagem dos votos de acordo com as actas sínteses acrescentando que os deputados eleitos da UNITA não devem tomar posse no parlamento enquanto isso não for feito.
Entre as organizações subscritoras da carta notam-se a Terceira Divisão de Cacuaco, movimento cívico Mudei, Filhos da Resistência entre outras tantas que, sendo o porta-voz Dito Dali a CNE deve publicar os resultados “com base nas actas e a UNITA não tome posse antes de ser resolvido este conflito".
José Gomes Ata da Terceira Divisão outro subscritor da carta entende que a UNITA deve clarificar “sobre a contagem paralela que fez em respeito aos milhares de cidadãos que nela confiaram".
Caso o pedido de recontagem feito à CNE para uma recontagem então as organizações poderão manifestar-se nas ruas, disse Dito Dali.
"Caso este nosso apelo não surtir efeito vamos às ruas para forçar o regime a recuar na sua postura", disse.