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Angola: Organizações sociais vão às ruas marchar por lisura nas eleições e pedem adiamento da votação


Vista geral de Luanda, Angola. Abril 2020
Vista geral de Luanda, Angola. Abril 2020

Governo provincial de Luanda indeferiu pedido, mas promotores garantem que vão marchar na quarta-feira, 17

Mais de 20 organizações da sociedade civil angolana rejeitam a realização das eleições gerais no dia 24 devido às irregularidades que dizem viciar o processo e anunciam uma marcha para quarta-feira, 17, em protesto.

Uma das mais flagrantes irregularidades, segundo os promotores da marcha, é a existência de milhares de pessoas ja falecidas no ficheiro de eleitores definitivos.

Entretanto, o Governo da província de Luanda já indeferiu a marcha, mas os seus promotores garantem que não vão parar.


Associações como Mudei, Movimento Revolucionário e ANATA são algumas das mais de 20 organizações engajadas nesta marcha que, segundo o porta-voz, começa no Cemitério de Santa Ana e termina com um manifesto na sede da Comissão Nacional Eleitoral, onde será lido o manifesto do grupo das asociações".

Alexandre Barros, porta-voz dos manifestantes, exige que os mortos saiam do ficheiro antes das eleições.


"O ficheiro pode permanecer o mesmo, mas os mortos têm que ser retirados, outras irregularidades devem ser resolvidas e se possivel que adiem as eleições, se convoque uma nova data, para que o vencedor seja ele quem for seja
transparente", defende Barros.

Osvaldo Caholo, a representar a Associação Debates nas Comunidades, entende o que se fez até agora em Angola é tudo menos eleiçoes e que “a questão de assentos no Parlamento tem sido um negócio milionário que sustenta muitos e nós não podemos admitir que isso continue, é hora de dizer basta a estes abutres que só sabem pisotear o povo".

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Por seu lado, Adolfo Campos, do auto-denominado Movimento Revolucionário de Angola, “Revú”, entende que se for necessário que se arranje uma nova data para as eleiçoes, um recado dirigido à oposição que, no seu entender, está com muita pressa.

"Qual é a pressa que os partidos da oposição têm em ir às eleições com estas irregularidades todas do processo, estão a espera reclamar depois das eleições? Não será viável”, assegura Campos.

Entretanto, o Governo da província de Luanda indeferiu a comunicação para a marcha da quarta-feira, mas os organizadores garantem que com ou sem autorização vão sair às ruas e marchar por lisura nas eleições.

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