O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção em Tete, centro de Moçambique, diz-se preocupado com o aumento de casos de altos dirigentes do Estado em diferentes distritos, que se envolvem em actos de corrupção.
Só este ano, naquela província, o Estado foi lesado em cerca de dois milhões de dólares.
O porta-voz daquele gabinete, Cândido Wilson, disse que, somente no distrito de Chiúta, seis servidores públicos séniores, lesaram o Estado em cerca de um milhão de meticais, através de processos viciados de aquisição de bens e serviços, entre outras práticas ilícitas.
Além disso, 11 funcionários da Autoridade Tributária de Moçambique foram constituídos arguidos, por alegado desvio de 160 milhões de meticais. O processo já foi remetido ao tribunal.
Consta que foi constituída uma equipa de inspectores para apurar o nível de envolvimento de servidores públicos em actos de corrupção, em quatro instituições do Estado, que foram lesadas em cerca de 106 milhões de meticais.
A inspecção está a ser feita, no seguimento de uma investigação realizada pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção, na Direcção Provincial de Economia e Finanças, no Balcão de Atendimento Único (BAU) e nas delegações do Instituto Nacional de Acção Social de Tete e Moatize.
O delegado da Inspecção Geral da Administração Pública em Tete, José Maria Vicente, disse que neste processo são arguidos 12 servidores públicos, incluindo o director provincial de Economia e Finanças.
Vicente disse ser preocupante o envolvimento de altos dirigentes em actos de corrupção.