O Presidente da Guiné-Bissau dissolveu o Parlamento e demitiu o Governo, mas manteve o primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam e do vice-primeiro-ministro Soares Sambu.
A decisão consta de dois decretos presidenciais publicados ao fim da manhã desta segunda-feira, 16.
Nabian e Sambu vão assegurar o funcionamento do Executivo até eleições legislativas, que foram marcadas para 18 de Dezembro.
No início da manhã, o Presidente reuniu o Conselho de Estado e num encontro de pouco mais de cinco minutos comunicou apenas que ia dissolver a Assembeia Nacional.
Umaro Sissoco Embaló já tinha manifestado a sua intenção na sexta-feira, 13, em encontros com o presidente da Assembleia Nacional Popular e líderes de partidos políticos com assento parlamentar.
Na mensagem à nação, Umaro Sissoco Embaló acusou os deputados de terem conjugado os esforços para fragilizar as instituições da República e sublinhou que se esgotou o capital confiança entre os órgãos da soberania.
"A crise política que pôs em causa o normal relacionamento institucional entre os órgãos de soberania tornou-se hoje um fato evidente. Com esta crise, esgotou-se também o capital de confiança entre os órgãos de soberania. A décima legislatura converteu a ANP num espaço de guerrilha política e de conspiração de maneira persistente", afirmou o Presidente acusa os deputados de terem "conjugado os seus esforços com vista a fragilizar as instituições da República em vez de tudo fazerem para as fortalecerem".