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UNITA acusa João Lourenço de violar leis eleitorais


Ao centro, o Presidente angolano na celebração do 64º aniversário do MPLA, partido no poder, do qual ele é líder.
Ao centro, o Presidente angolano na celebração do 64º aniversário do MPLA, partido no poder, do qual ele é líder.

A poucos dias da realização do debate sobre transparência eleitoral no parlamento numa iniciativa do MPLA, a UNITA denuncia actos protagonizados pelo Presidente da República que diz mancharem essa transparência.

Maurilio Luyelle, um dos vice-presidentes do grupo parlamentar da do principal partido da oposição, acusa o Presidente da República de praticar actos que violam as leis e a Constituição no que toca às eleições.

"Está a aumentar arbitrariamente o período de campanha eleitoral efectiva de 30 para 120 dias ao arrepio da lei, faz uso abusivo do tempo concedido ao Chefe de Estado, aumentou sem igual o volume dos recursos do Estado que utiliza para fins partidários, o Presidente da República em funções faz todas as inaugurações antes da campanha oficial transformando-as em actos políticos do seu partido, utiliza recursos e funcionários públicos de outras províncias, provocando paralisação das actividades produtivas do estado, com beneplácito dos órgãos de comunicação do Estado", disse.

Maurílio Luyelle, que falava aos jornalistas, disse ainda que "projectar e executar obras públicas com recursos do Estado é um dever do servidor público e não do partido”, acrescentando que “a aquisição e distribuição de comida ou outra forma de assistência social para o povo sofredor que é dono do dinheiro, não deve ser utilizada mesmo indirectamente como oferta dádiva ou instrumento de troca, para obter votos sob pena de se atentar contra a dignidade da pessoa humana e de se ser indiciado por crime de corrupção eleitoral".

O partido do Galo Negro promete tudo fazer para combater este tipode atitude.

"Não vamos desistir de lutar de pressionar usando todos os meios e canais possíveis quer sejam políticos, diplomáticos e manifestação de rua se for o caso, para sensibilizar os actores da necessidade de termos um processo liso", disse

A VOA tentou mas sem sucesso ter uma reação do porta-voz do MPLA.

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