O balanço conclusivo do registo eleitoral no pais e no estrangeiro ainda não é conhecido.
Contudo mais de uma semana depois da conclusão do processo, há informações de que muitos angolanos no estrangeiro e no país, ficaram excluídos, tornando visível alguma preocupação dos actores políticos e da sociedade.
Por via de um decreto presidencial, o governo angolano viu-se obrigado a alargar o prazo inicialmente previsto, em resposta ao apelo dos partidos políticos na oposição e de algumas organizações da
sociedade civil.
Por outro lado, alguns críticos consideram que a comunicação do governo não foi eficaz para mobilizar um número considerável de cidadãos, ao qual também se juntou os problemas da morosidade no
atendimento, devido ao material informático e o congestionamento da rede.
O Governo esperava registar até 450 mil cidadãos nacionais durante o registo eleitoral oficioso no exterior do país. Em declarações recentes, o ministro da Administração do Território, Marcy Lopes,
admitiu não ser possível alcançar estes números, alegando os constrangimentos causados pela pandemia da Covid-19 em alguns países.
Ainda assim, segundo Fernando Paixão, diretor nacional do Registo Eleitoral Oficioso, apesar de algumas dificuldades pontuais, o recenseamento, que pela primeira vez contemplou cidadãos que vivem na diáspora, foi positivo e o calendário eleitoral já começa a apertar.
Para falar sobre o assunto, ouvimos Fernando Paixão, Diretor Nacional do Registo Eleitoral Oficioso, Luis Jimbo Director Executivo do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia e Sérgio Calundungo do Observatório Político e Social.
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