Links de Acesso

Governo moçambicano toma medidas para mitigar impactos da guerra no consumo, pelo menos a prazo


Filas em bomba de gasolina, na capital moçambicana, Maputo. Moçambique, Janeiro 2017
Filas em bomba de gasolina, na capital moçambicana, Maputo. Moçambique, Janeiro 2017

Moçambique já se ressente do impacto da guerra na Ucrânia e o Governo foi obrigado a tomar medidas para controlar o mercado dos combustíveis.

Os alarmes há muito que soaram e o inevitável já é uma realidade.

Através de um diploma ministerial, o Executivo anunciou seis medidas fiscais para travar o aumento do preço da gasolina e do gasóleo no país.

Economistas dizem que eram necessárias, mas têm dúvidas da sua sustentabilidade a longo prazo.

"São medidas de curto prazo e, caso a tendência no mercado internacional prevaleça, o Governo não terá outra alternativa, se não agravar o preço, pois, com as margens de corte que está a aplicar, já não haverá por onde cortar", diz o economista Elcídio Bachita.

As seis medidas consistem incidem, essencialmente, nas receitas de quem tem neste sector o seu negócio.

No geral, reduzem as margens de lucro dos distribuidores e retalhistas, em 15%, o custo para o Fundo de Estabilização em 50%, as margens para os armazenistas em 30% e de manuseamento em cinco por cento.

O que parece ter impacto directo para travar a subida dos preços no consumidor final de combustível, é, para o economista Elcidio Bachita, um sinal de alarme para quem está neste negócio.

"Os postos de venda, os que importam combustível vão ganhar menos e, se a situação prevalecer por mais tempo, isso vai comprometer a continuidade de muitos neste negócio" vaticina o o também dconomista Egas Daniel.

Quem não está satisfeito com as medidas é a Associação dos Importadores de Combustíveis.

Uma fonte da organização, que não quis ser identificada, disse à VOA que as novas políticas vão asfixiar o sector.

XS
SM
MD
LG