O Presidente da Ucrânia Volodomy Zelenskyy anunciou neste domingo, 27, que delegações do seu país e da Rússia vão reunir-se sem pré-condições.
Desconhecem-se, de momento, mais pormenores e onde é que as conversações se vão realizar.
Antes, a Ucrânia recusou negociar com Moscovo na Bielorússia como proposto por Moscovo, mas Zelenskyy disse ter falado com o seu homólogo bielorusso, Alexander Lukashensko, mas não deu outros pormenores.
A Ucrânia tinha anteriormente acusado a Bielorússia de ter permitido que o seu território fosse usado como ponto de ataque por tropas russas.
No quarto dia da invasão russa à Ucrânia, as forças dos dois países continuavam hoje envolvidas em combates pelo controlo da cidade de Kharkiv e da capital Kyiv, enquantos países ocidentais e o Japão intensificam medidas para isolar a Rússia.
Tropas russas entraram hoje na cidade de Kharkiv, a segunda maior do país a cerca de 40 quilómetros da fronteira com a Rússia, onde prosseguem combates.
As autoridades ucranianas acusaram forças russas de terem feito explodir um gasoduto, o que poderá causar “uma catástrofe ambiental” e apelaram aos cidadãos para tomarem medidas de precaução.
Kyiv disse também ter interceptado um míssil russo que tinha como alvo uma barragem que caso for atingida irá provocar cheias e destruição na zona da capital.
Uma fonte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse que “a resistência é maior do que os russos esperavam particularmente no norte da Ucrânia".
Essa fonte acrescentou que forças russas tinham disparado mais de 200 missies balisticos e “cruise” desde que a invasão começou, a maioria dos quais teve como objectivo alvos militares.
Entidades oficiais russas afirmaram que as suas forças estão a registar “progressos sólidos” para eliminar “a ameaça terrorista”.
Um porta-voz do Ministério da Defesa russo disse que 821 alvos militares tinham sido atingidos, incluindo 87 tanques e outros alvos.
O porta-voz disse que as forças russas tinham assumido o controlo da cidade de Melitopol, a 35 quilómetros da costa do Mar de Azov, e que separatistas apoiados pela Rússia tinham feito progressos significativos na região leste de Donbas.
Sanções à Rússia intensificam-se
A França e a Noruega anunciaram hoje que proibiram o acesso ao seu espaço aéreo de todos os voos de companhias russas, juntando-se assim a outros países europeus que adoptaram essa medida.
Os ministros dos Negocios Estrangeiros do G 7 vão reunir-se hoje para coordenar as sanções depois de ontem a União Europeia e os Estados Unidos terem anunciado que vão suspender “certos bancos” russos do sistema SWIFT, usado para trocas bancárias ap redor do mundo.
O Japão que faz parte do G-7 anunciou apoiar essa medidas
Foi também já acordado que os países europeus e os Estados Unidos vão impedir que o banco central russo tenha acesso aos mercados financeiros internacionais
O banco central russo emitiu um comunicado afirmando que as instituiçõs financeiras russas não estão em perigo e apelou os cidadãos russos para não entrarem em pânico.
Há o perigo de uma corrida às suas contas por parte dos cidadãos russos quando os bancos reabrirem na segunda-feira.
A Alemanha anunciou entretanto que vai enviar para a Ucrânia mil armas anti-tanque e 500 misseis antiaéreos “o mais rapidamente possível”
Milhares de ucranianos continuam, entretanto, a fugir para países vizinhos provocando engarrafamentos nas fronteiras com filas de veículos de dezenas de quilómetros.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados disse que mais de 365 mil pessoas ja se refugiaram nos países vizinhos