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Invasão da Ucrânia: Sissoco Embaló em silêncio mesmo após pedido da União Europeia


European Union ambassador, Sonia Neto, and, the President of Guinea Bissau, Umaro Sissoco Embalo, Bissau, Fev. 25, 2022
European Union ambassador, Sonia Neto, and, the President of Guinea Bissau, Umaro Sissoco Embalo, Bissau, Fev. 25, 2022

A embaixadora da União Europeia (UE) na Guiné-Bissau solicitou, nesta sexta-feira, 25, ao Presidente da República que condene a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A audiência de Umaro Sissoco Embaló à representante da UE, acompanhada dos seus colegas da França, da Espanha e de Portugal, surge no momento em que tanto a Presidência como o Governo mantêm um silêncio absoluto sobre o tema.

Analista político diz haver tempo ainda para as autoridades guineenses se posicionarem.

“Viemos solicitar à sua excelência o senhor Presidente da República a sua magistratura de influência para se associar também à voz da União Europeia e dos seus Estados-membros”, disse a jornalistas a embaixadora Sónia Neto, depois da audiência na Presidência.

Ela acrescentou que os países europeus “lamentam a trágica perda de vidas humanas e o sofrimento causado pela agressão russa, condenam com maior veemência possível a agressão militar injustificada da federação Russa à Ucrânia”.

Ao contrário do que é habitual, Umaro Sissoco Embaló, não falou a jornalistas e nem ele nem o Governo manifestaram qualquer posicionamento em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Na página da Presidência da República no Facebook apenas foram publicadas fotos da audiência.

O especialista em relações internacionais Banor da Fonseca afirma que as autoridades devem posicionar-se, mas acredita que ainda vão a tempo de o fazer.

“A Guiné-Bissau deveria posicionar-se quanto à questão porque é uma questão que é internacional, não podemos ficar em silêncio, mas também não é ainda tarde ter um posicionamento”, disse Fonseca em conversa com a VOA.

A VOA contactou o Gabinete de Comunicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros que nos remeteu “às instâncias superiores” porque a ministra Suzi Barbosa está no exterior.

Refira-se que a embaixadora Sónia Neto reiterou que a UE e os Estados-membros vão continuar a prestar o apoio político, financeiro, humanitário e logístico adicionais à Ucrânia, organizando uma conferência internacional de doadores a favor daquele país europeu.

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