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Filiação de Jair Bolsonaro no Partido Liberal foi adiada com data por indicar


Jair Bolsonaro, Presidente brasileiro
Jair Bolsonaro, Presidente brasileiro

Presidente brasileiro diz haver coisas a acertar

O Partido Liberal (PL) revelou neste domingo, 14, que a filiação do Presidente Jair Bolsonaro ao partido, inicialmente prevista para o dia 22, foi adiada, sem nova data.

"O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, comunicou aos liberais que a cerimónia de filiação do presidente Bolsonaro ao PL não será realizada no próximo dia 22, conforme anunciado na última semana", lê-se na nota divulgada à imprensa, na qual o PL diz que a decisão foi tomada em comum acordo entre Bolsonaro e Costa Neto , após "intensa troca de mensagens na madrugada".

A direcção nacional do PL acrescenta que estuda a melhor data para a filiação.

Em declarações aos jornalistas no Dubai, onde se encontra de visita, o Presidente indicou que há assuntos a serem resolvidos antes da filiação.

“Por exemplo, o discurso meu e do Valdemar nas questões das pautas conservadoras, nas questões de interesse nacional, na política de relações exteriores", afirmou Bolsonaro, quem apontou outros temas ainda por definir como a defesa, os ministros, o padrão de ministros a continuar.

“O casamento tem que ser perfeito”, concluiu o Presidente.

O PL integra o grupo de pequenos partidos popularmente conhecido por “Centrão”, que tradicionamente jogam num ou noutro campo da política, de acordo com os interesses, principalmente dos deputados que integram os partidos.

Muito criticado por Jair Bolsonaro durante a campanha e nos primeiros anos de mandato, o Presidente aliou-se no último ano ao Centrão para aprovar projectos de interesse do Governo e conseguir apoio político.

O líder do partido, Valdemar Costa Neto, foi muito próximo dos Governos Lula da Silva, tendo sido condenado em 2012 a sete anos e 10 meses de prisão no conhecido caso do “mensalão”, o primeiro grande escândalo de corrupção do PT.

Ele foi preso em 2013 e em 2014 passou a cumprir prisão domiciliar, até ser libertado em 2016.

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