Guineenses radicados em Cabo Verde apoiam a defesa feita pelo Presidente Úmaro Sissoco Embaló de que os seus filhos nascidos no arquipélago têm de ter documentação cabo-verdiana e a necessidade das autoridades locais resolverem os inúmeros casos de legalização de cidadãos da Guiné-Bissau que integram a maior comunidade estrangeira em território cabo-verdiano.
O presidente da Associação dos Guineenses Residentes em Cabo Verde dá voz à satisfação dos seus colegas.
"Ansiamos que a lei seja alterada para que de facto os nossos filhos nascidos aqui tenham direito automático à nacionalidade, já que somos irmãos", afirma Idrissa Baldé, fazendo ao eco às afirmações do Presidente guineense feitas ontem no início da visita.
"Lembramos só a nossa luta de libertação comum, peço ao Sr. Presidente e ao Governo cabo-verdiano que tenham isso em conta. Por sermos irmãos nenhum guineense é imigrante aqui, mas sim cidadão deste país", frisou Embaló, tendo o seu homólogo cabo-verdiano dito que o assunto será resolvido na revisão da lei da nacionalidade que deve acontecer em breve.
Na tarde desta sexta-feira, 9, Úmaro Sissoco Embalé reúne-se com a comunidade guineense radicada em Cabo Verde.
O presidente da Associação Bafata, Idrissa Djalo, revela que leva preocupações sobre “a integração da comunidade e sobretudo problemas relacionados com a documentação de residência”.
Depois de ontem ter-se reunido com o Presidente cabo-verdiano, hoje Embaló depositou uma coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral e visitou várias instituições.
Ele manterá ainda um encontro com o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva e amanhã desloca-se à ilha de São Vicente.