O Presidente de Cabo Verde recebe na terça-feira, 8, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades da Hungria, Péter Szijjártó, quem deve entregar ao Governo as 100 mil doses da vacina AstraZeneca prometidas pelo Governo de Budapeste.
A assessoria de Jorge Carlos Fonseca não divulgou o teor e o motivo do encontro, mas quando participou no dia 27 de Maio em Lisboa na reunião informal dos chefes da diplomacia dos países da União Europeia sobre as relações Europa-África, Szijjártó revelou que estaria amanhã na capital cabo-verdiana.
Durante as horas que permanecerá na Praia, além do acto formal da entrega das vacinas num encontro com o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, ele deve avistar-se com o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, para debater o projecto de mobilização de água para rega, financiado pela Hungria através de uma linha de crédito de 35 milhões de euros.
Na reunião de Lisboa, ao analisar a emigração de cidadãos dos países africanos para a Europa, Péter Szijjártó defendeu uma maior cooperação com os governos do continente para tentar evitar essa onda.
“Seria bom se outros países europeus também prestassem ajuda real aos países africanos, em vez de apenas elogiar a ideia da boca para fora”, afirmou Szijjártó.
Com esta doação da Hungria, as autoridades cabo-verdianas poderão dar um novo impulso à campanha de vacinação, ao imunizar mais 50 mil pessoas.
Até o passado dia 4, segundo o ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, pelo menos 26.700 pessoas já tinham recebido a primeira dose, dos quais 19.000 idosos, profissionais de saúde, polícias, bombeiros, militares, professores e trabalhadores do sector do turismo.
O Governo espera vacinar até 70% da população elegível (cerca de 370 mil pessoas, até final do ano.