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"Vamos voltar", diz presidente da Total após encontro com Filipe Nyusi em Paris


Patrick Pouyanné garante que empresa aguarda apenas que as condições de segurança sejam repostas para retomar as actividades em Moçambique

O presidente do Conselho de Administração da multinacional francesa Total garantiu ao Presidente moçambicano que retomará as actividades na província de Cabo Delgado, logo que as condições de segurança forem repostas.

“De facto, nós estamos a trabalhar. Houve este incidente em Palma, província de Cabo Delgado, que é uma questão da segurança. Mas, quero assegurar que tivemos de tomar medidas de segurança e o nosso empenho mantém-se", afirmou Patrick Pouyanné, em declarações a jornalistas moçambicanos que acompanharam o encontro entre ele e o Presidente Filipe Nyusi nesta segunda-feira, 17, em Paris.

Total voltará a Afungi, diz presidente da empresa
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"Vamos voltar e temos plena confiança no Governo de Moçambique que está a trabalhar e vai conseguir restaurar a segurança e lá estaremos”, sublinhou Pouyanné, quem justificou a suspensão das actividades e a retirada dos seus funcionários com a insegurança, dizendo que "nós somos pela segurança, sobretudo das pessoas".

Na ocasião, e ante perguntas dos jornalistas, o responsável da Total desmentiu informações postas a circular de que a companhia estaria a pensar em abandonar o projecto de 20 mil milhões de dólares na exploração de gás natural em Cabo Delgado.

“A Total mantém-se empenhada no seu projecto em Moçambique. O gás natural é muito procurado no mundo para o planeta, é energia importante, é uma prioridade, por isso continuamos empenhados”, disse Patrick Pouyanné.

O Presidente Filipe Nyusi não prestou declarações, mas o assunto deve ser tema central da conversa na noite de hoje entre ele e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron.

A imprensa francesa, citando fontes do Palácio do Eliseu, diz que Macron deve propor ao Presidente moçambicano o envio de tropas francesas para o terreno a fim de garantir a segurança do investimento multimilionário.

Suspensão das actividades

Um mês depois do ataque de 24 de Março à vila de Palma, a Total confirmou no dia 26 de Abril ter retirado todo o seu pessoal do norte da província de Cabo Delgado "por motivos de força maior".

“Considerando a evolução da situação da segurança no norte da província de Cabo Delgado, em Moçambique, a Total confirma a retirada de todo o pessoal do projecto Mozambique LNG, do local de Afungi”, diz a gigante de energia em comunicado no qual considera que “esta situação leva a Total, como operadora do projecto Moçambique LNG, a declarar força maior”.

A companhia reiterou, no entanto, “a sua solidariedade para com o Governo e povo de Moçambique e deseja que as acções desenvolvidas pelo Governo de Moçambique e seus parceiros regionais e internacionais permitam o restabelecimento da segurança e estabilidade na província de Cabo Delgado de forma sustentada”.

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