Os combates entre as forças de segurança do governo e os insurgentes do Talibã no Afeganistão recomeçaram na madrugada de domingo, encerrando um cessar-fogo de três dias declarado pelos adversários para marcar as celebrações islâmicas do Eid al-Fitr.
O exército afegão confirmou que as suas forças iniciaram operações de "ofensiva, limpeza e contra-terrorismo" em distritos próximos a Lashkar Gah, capital da província de Helmand, no sul.
Ele afirmou que os confrontos que se seguiram mataram pelo menos 20 rebeldes do Talibã, incluindo um comandante-chave. O presidente afegão Ashraf Ghani falou com os seus comandantes militares no sábado à noite por videoconferência para discutir a situação pós-cessar-fogo.
Autoridades do Talibã não comentaram sobre as operações insurgentes pós-trégua no país, nem sobre a situação em Helmand.
A província altamente contestada tem sido palco de intensos combates desde 1 de Maio, quando os Estados Unidos e os aliados da NATO começaram formalmente a retirada final das suas tropas do Afeganistão.
O cessar-fogo do Eid, que marca o fim do mês de jejum muçulmano do Ramadão, foi iniciado pelo Talibã e aceite pelo governo afegão, e foi respeitado em grande parte.
No entanto, os adversários afegãos no domingo acusaram-se uns aos outros de cometer violações e causar vítimas civis durante três dias de festividades do Eid.
Um atentado a bomba numa mesquita na capital afegã, Cabul, interrompeu o cessar-fogo na sexta-feira e matou pelo menos 12 fiéis, incluindo o líder da oração.
Entretanto, o grupo terrorista do Estado Islâmico assumiu o crédito por esse ataque mortal. Ele também assumiu a responsabilidade pela explosão de várias estações da rede eléctrica em Cabul no fim-de-semana que mergulhou grandes partes da cidade e províncias vizinhas na escuridão.