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Luanda procura soluções para consequências da chuva entre críticas de lentidão na resposta


Moradora atira água para fora da sua casa no Futungo, Luanda, 20 de Abril de 2021
Moradora atira água para fora da sua casa no Futungo, Luanda, 20 de Abril de 2021

Número de mortos ascende a 24 e há mais de 11 mil pessoas afectadas

O Governo da província de Luanda está a ser acusado por certos sectores de lentidão na tomada de medidas definitivas para mitigar os efeitos das chuvas que resultaram já na morte de 24 pessoas, segundo o último balanço provisório do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, feito nesta quarta-feira, 21.

Chuvas e mortes põem em causa competência do governo de Luanda – 2:10
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A ministra de Estado para o Sector Social, da Presidência da República, Carolina Cerqueira, a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, e a governadora Joana Lina, visitaram, no mesmo dia, uma família das vítimas do sinistro, no município do Cazenga, onde prometeram alguma ajuda material.

Sem avançar datas, Carolina Cerqueira aventou a possibilidade de as vítimas puderem vir a ser transferidas para casas sociais construídas em alguns bairros da capital.

“Sabemos que o que trazemos é pouco, mas como angolanos e irmãos que somos não podemos ficar indiferentes perante essa realidade que a todos nós comove e demanda agir com apoio, afectivo e material, por mais simbólico que seja. Mas devemos nessa hora dar as mãos para minimizar os efeitos devastadores das chuvas torrenciais que registamos nos últimos em Luanda”, disse Carolina Cerqueira.

O responsável da Associação SOS-Habitat, André Augusto, afirma, entretanto, estar muito desapontado com “a forma despreocupada” com que o Governo de Luanda está a lidar com a situação.

Nas redes sociais e em alguns órgãos de comunicação social vários cidadãos têm criticado a governadora de Luanda de, supostamente, não ter apresentado, até ao momento, qualquer plano de contingência para acudir os sinistrados.

A actualização dos dados sobre as consequências das chuvas que caíram sobre Luanda nos últimos dias foi feita ao mesmo tempo que o serviço da Protecção Civil e Bombeiros admite dificuldades de acesso aos subúrbios mais problemáticos da capital e a possibilidade de o número de vítimas mortais ser maior.

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, sugeriu, ontem a atribuição das residências nas centralidades em Luanda às vítimas das enxurradas, durante uma visita às áreas afectadas pelas chuvas .

O novo balanço indica que o município de Cacuaco registou um total de 10 mortos, Luanda (5), Viana (3) e Kilamba Kiaxi (3), enquanto 3 pessoas estão feridas.

Dados oficiais apontam 2.289 residências inundadas, 60 desabaram, e foram afectadas 2.344 famílias, o que representa um total de 11 745 pessoas.

No domínio das infra-estruturas, ficaram inundados 14 escolas e quatro centros de saúde, quatro pontes foram afectadas e registou-se o transbordo de nove bacias de retenção de água.

O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola alerta para a ocorrência de mais chuvas nos próximos dias um pouco pelo país.

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