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Cabo Verde: Sindicalistas prometem eliminar as diferenças salariais entre homens e mulheres no sector privado 


Rosana Almeida, presidente do Insituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género
Rosana Almeida, presidente do Insituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género

O Instituto cabo-verdiano da Igualdade e Equidade do Género (ICEIG) promete intensificar acções, sobretudo junto do sector privado, visando melhorar a situação salarial das mulheres.

Tal promessa surge depois de um relatório da Freedom House classificar Cabo Verde em boa posição em termos de igualdades do género, com realce para a melhoria em matéria de participação política, mas criticar diferenças nos salários praticados no sector privado.

Cabo Verde: Sindicalistas prometem eliminar as diferenças salariais entre homens e mulheres no sector privado
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Maria Filomena Gomes, que já foi empregada numa loja na cidade da Praia, contou à Voz da América que o dono praticava salários diferenciados entre homens e mulheres.

Ela disse que tal acontece "porque pensam que as pessoas do sexo masculino têm mais força”.

Apesar de essa ser “uma ideia falsa,” disse Gomes, “muitas mulheres não reclamam com medo de perder o emprego".

A presidente do ICIEG, Rosana Almeida, dizque se deve promover acções de sensibilização junto das empresas e outros serviços privados, no sentido de cumprirem o que está estipulado na lei, neste caso, praticar salários iguais para ambos os sexos pelo mesmo trabalho realizado.

"Esta é uma estratégia que já estamos a delinear para fazer um combate urgente e sem tréguas, para que essa questão não venha a ganhar cada vez mais dimensão. Não é por acaso que recomendamos um estudo sobre igualdade salarial financiado pela OIT, para podermos traçar recomendações e medidas", disse Almeida

O presidente da Confederação dos sindicatos livres- CCSL, José Manuel Vaz, afirma que a sua organização tem sempre colocado essa questão nas reuniões da concertação social onde estão representados os empregadores do sector privado, sendo que alguns cumprem e outros passam ao lado.

"Entende que é preciso haver maior fiscalização da Direcção Geral e Inspecção do trabalho, bem como maior acção e intervenção de outros sindicatos".

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