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Conflitos militares contribuiram para a queda da democracia em Moçambique, diz o economista João Mosca


Deslocados da insurgência de Cabo Delgado
Deslocados da insurgência de Cabo Delgado

O economista João Mosca diz que os conflitos militares nas regiões centro e norte de Moçambique, a crise económica resultante das dívidas ocultas e a Covid19, bem como a posição dominante do partido Frelimo, levaram à tomada de medidas não democráticas, que contribuiram para a queda do país no indice de democraacia no mundo.

No novo indíce do The Economist Intelligence Unit, Moçambique é colocado no grupo de regimes autoritários

Conflitos militares contribuiram para a queda da democracia em Moçambique, diz o economista João Mosca
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João Mosca considera que numa situação em que existem conflitos, há aspectos de democracia e direitos humanos que, infelizmente, ficam comprometidos, mas isso reforça ainda mais o poder do Partido maioritário dentro do Parlamento e as forças de defesa e segurança ganham maior peso no sistema do poder.

No seu entender, esse conjunto de aspectos faz com que os níveis de decisão central, de autoritarismo, de pouco consulta à sociedade, "e mesmo alguma repressão sobre os órgãos de informação, aumentem".

Aquele economista aponta ainda o facto de Moçambique ser um país onde o ambiente de negócios caiu e onde outros indicadores internacionais, como as liberdades e direitos humanos, também cairam.

Avançou que "isso tudo deve-se considerar nesse conceito global de crise económica, de conflitos militares e também da Covid-19, que afectam as liberdades individuais e reforçam o poder do Partido maioritário no Parlamento".

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