A multinacional francesa Total, com mega-projecto de gás natural na ilha de Afundi, tem visto ataques de insurgentes aproximarem-se cada vez mais do seu investimento na província moçambicana de Cabo Delgado.
Aliás, a empresa tem neste momento as operações paradas após ataques dos insurgentes, tendo retirado os expatriados para fora da área e enviado aos trabalhadores locais para casa.
O presidente-executivo da Total, Patrick Pouyanné reuniu-se recentemente com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, para discutir a intensificação da insurgência ligada ao Estado Islâmico no norte do país, que tem afectado o investimento da companhia francesa de 20 biliões de dólares na extração de gás natural.
Devido à situação, o Nyusi e Pouyanné concordaram com a necessidade de estabelecer um plano de segurança para garantir a boa execução do projecto
Agora, por causa de contínuos problemas de segurança ao projecto, a multinacional estará em negociações com as autoridades da ilha francesa de Mayote para deslocar para ali operações logísticas de apoio às suas operações offshore no norte de Moçambique, escreve a Carta de Moçambique citando Africa Intelligence.
Adianta-se que Mayote, a 500 quilómetros de Pemba, possui um porto de águas profundas, um hospital functional, base naval e um destacamento permanente da Legião Estrangeira Francesa.
O projecto no entanto enfrenta alguns problemas como uma pista de aterragem curta e o facto de alguma empresas que trabalham para a Total em Moçambique não quererem mudar as suas operações para Mayote devido aos custos onorosos de tal opção.