A moção de censura da ADI, o maior partido da oposição em São Tomé e Príncipe, ao governo de Jorge Bom Jesus foi chumbada, nesta sexta-feira, 31, pela maioria parlamentar da coligação no poder.
A moção de censura foi reprovada por 28 votos dos partidos do governo. Vinte e quatro deputados do partido proponente votaram a favor e houve três abstenções, duas do Movimento de Cauê e uma de Levy Nazaré, deputado da ADI da ala de Agostinho Fernandes.
Os analistas consideram que a iniciativa apenas serviu para mostrar que os deputados da ADI estão unidos em torno da ala de Patrice Trovoada.
O analista Liberato Moniz diz que a ADI perde pelo fato de não ter conseguido aprovar a moção de censura, mas sai unida pela ala que promoveu a iniciativa ou seja a ala de Patrice Trovoada.
Moniz considera, no entanto, que apesar das críticas ao Primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, o governo da coligação MLSTP-PSD, MDFM-PCD-UDD saiu reforçado após o chumbo da moção de censura.
“Também demostram que estão unidos com os seus 28 Deputados e ainda beneficiaram da abstenção dos 2 Deputados do Movimento de Cauê” disse Moniz.
Para outro analista, Óscar Baía, está moção de censura não cumpriu o seu objetivo, mas serviu de aviso ao governo, “que deverá esforçar-se mais para melhorar o seu desempenho, numa altura de crise”.
“A moção não passou, mas não deixa de ser uma chamada de atenção, também de alguns deputados dos partidos do governo no sentido de uma urgente remodelação governamental”, frisou Óscar Baía.