Um tribunal americano emitiu uma ordem de restrição contra agentes federais enviados pelo Presidente Donald Trump para a cidade de Portland, no Estado de Oregon, para proteger propriedades federais que têm sido alvo de protestos contra a violência policial e o racismo.
A decisão do juiz distrital Michael Simon responde a um pedido da União Americana das Liberdades Civis (ACLU) e impede os agentes de dispersar, prender, ameaçar, prender ou usar a força contra observadores legais e jornalistas.
"Esta ordem é uma vitória para o Estado de Direito", reagiu o diretor interino do escritório da ACLU em Oregon, Jann Carson.
Ele acusou os “agentes federais dos departamentos de Segurança Interna e Justiça de Trump de aterrorizarem a comunidade, ameaçarem vidas e de atacarem permanentemente jornalistas e observadores legais que documentam os protestos”.
Até o momento, não houve nenhuma reação do governo Trump.
Na quinta-feira, 23, o presidente da câmara municipal de de Portland, Ted Wheeler, ficou atingido com gás lacrimogéneo quando agentes federais tentavam interromper um protesto contra o tribunal federal naquela cidade.
Alguns manifestantes que não queriam Wheeler nas ruas disseram que ele poderia fazer um trabalho melhor se protegesse a cidade das forças federais.
Wheeler respondeu dizendo que quer as forças federais fora da cidade.
Os protestos na cidade acontecem quase que diariamente desde a morte de George Floyd a 25 de maio em Mineápolis.
Também ontem, o inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz, anunciou a abertura de uma investigação sobre o uso da força por agentes federais em Portland e Washington DC no mês passado.
Por seu lado, o inspetor-geral do Departamento de Segurança Interna, Joseph Cuffari, também revelou estar a investigar denúncias de comportamento inadequado por parte dos seus homens em Portland na semana passada.