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Pobreza alastra-se em África com impactos da Covid-19


Agricultora na Tanzânia (Foto de Arquivo)
Agricultora na Tanzânia (Foto de Arquivo)

Quase 50 milhões de africanos podem cair na extrema pobreza devido às consequências económicas da pandemia do novo Coronavírus, revelou o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

O documento divulgado nesta semana lembra que antes da pandemia já se esperava-se que aproximadamente um terço do continente, cerca de 425 milhões de pessoas, acabariam por viver abaixo da linha de pobreza, referida como um dólar e 90 centavos por dia, em 2020, mas a pandemia e as medidas tomadas para a combater, principalmente o confianamento e o encerramento dos negócios, destruíram empregos, prejudicaram os rendimentos e devastaram as economias em todo o continente.

A instituição com sede em Abidjan, um dos cinco maiores financiadores multilaterais de desenvolvimento do mundo, aponta para uma grande depressão no continente.

O BAD prevê uma grande desaceleração económica no continente, com uma contração do PIB de 1,7% a 3,4% neste ano.

É uma perda de 5,6 a 7,3 pontos em comparação com as previsões de crescimento antes da crise do coronavírus, que foram positivas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) mencionou no final de junho uma recessão de 3,2% este ano para a África subsaariana e uma queda na renda de seus habitantes para os níveis de 2010.

A Nigéria, o país mais populoso de África, enfrentará o maior aumento da pobreza devido à queda nos preços do petróleo que agrava o impacto económico da pandemia.

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