A povíncia angolana da Lunda Norte continua a enfrentar uma difícil situação de miséria e pobreza, devido sobretudo ao desemprego, que se tem agravado desde que o Governo proibiu o garimpo de diamantes.
O grito é de autoridades tradicionais e ativistas que dão coro à voz dos cidadãos: “não sabem o que fazer”.
Cafunfo, naquela privíncia, é um retrato da pobreza em Angola.
O soberano rei Shind das Lundas diz que a pobreza aperta cada vez mais por falta de opções.
"A população aqui sempre viveu do garimpo, mas desde que passou por aqui a Operação Transparência a situação de pobreza extrema das populações tende a piorar e as pessoas não sabem o que fazer para sobreviver", lamenta.
Noutra vertente do mesmo problema, o ativista do Protetorado das Lundas, Mateus Zecamutchima, denuncia consequências da destruição e poluição dos rios devido à atividade mineira das grandes companhias.
"Fruto da poluição dos rios e riachos, temos casos de doenças estranhas em crianças, há mortes de várias crianças”, denuncia Zecamutchima, lamentando existir leis de proteção ambiental que não são respeitadas.
“Este povo está condenado a desaparecer da face da terra”, concluiu.