O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) deu entrada nesta sexta-feira, 3, no Supremo Tribunal de Justiça, que funciona como Tribunal Constitucional, o processo de impugnação dos resultados da segunda volta da eleição presidencial de 29 de Janeiro.
O processo foi entregue pelo colectivo de advogados do PAIGC, disseram fontes daquele partido que justifica o pedido com alegadas provas de fraude.
Na quarta-feira, 1, após a Comissão Nacional de Eleições (CNE) ter anunciado Umaro Sissoco Embalo o vencedor da eleição, o candidato do PAIGC recusou felicitar o adversário por considerar que os resultados provisórios “estão profundamente impregnados de irregularidades, de nulidades, de manipulações”.
“Um roubo e não podemos aceitar", disse Simões Pereira, prometendo impugnar os resultados.
Segundo a CNE, Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) obteve 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira, PAIGC, conseguiu 46,45%.
Não há ainda qualquer reacção da candidatura de Sissoco Embaló que seguiu hoje para o Senegal na sua primeira viagem após o anúncio dos resultados.
Em nota, o gabinete da candidatura do Presidente eleito limitou a dizer que irá manter vários encontros.
O Presidente senegalês, Macky Sall, é um conhecido apoiante de Umaro Sissoco Embaló.