Nos Estados Unidos, o embaixador americano na União Europeia, Gordon Sondland, disse nesta quarta-feira, 20, ter seguido ordens do Presidente Donald Trump para pressionar o Governo da Ucrania a investigar o antigo vice-presidente Joe Biden, no inicio do seu testemunho no Comité de Inteligência da Câmara dos Deputados.
Sondland, que continua a testemunhar, revelou que o secretário de Estado Mike Pompeo e o ex-assessor de Segurança Nacional, John Bolton, sabiam das ordens do Presidente para suspender a ajudar militar à Ucrância até o início da investigação.
Na suas primeiras declarações, ele acrescentou ter trabalhado com o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, nas questões da Ucrânia sobre “as ordens do Presidente”.
O diplomata confirmou que esforços de Giuliani para pressionar o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy por investigações sobre os rivais políticos de Trump “eram um ‘quid pro quo’ (troca de favores) para organizar uma visita à Casa Branca” do líder ucraniano.
Sondland, um rico empresário de hotéis e doador da campanha de Donald Trump, disse que o secretário de Estado, Mike Pompeo, estava ciente e “apoiava totalmente” os seus esforços na Ucrânia.
Esta é a segunda semana de audiências de testemunhas na investigação que pode levar à abertura de um processo de impugnação do Presidente.
Os democratas acusam Donald Trump de usar a ajuda congelada e o desejo de Zelenskiy de ter uma reunião do Salão Oval como argumentos para pressionar Kiev a voltar a investigar negócios do filho do antigo vice-presidente Joe Biden, Hunter Biden, naquele país europeu.
O Presidente negou irregularidades, chamou o inquérito de caça às bruxas e atacou algumas das testemunhas, incluindo actuais assessores da Casa Branca.