O antigo embaixador de Moçambique na Rússia Bernardo Chirinda foi condenado a 10 anos e oito meses de prisão por 20 crimes de peculato, enquanto o adido financeiro Horácio Matola recebeu uma pena de nove anos de cadeia.
A decisão do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo foi divulgada nesta quinta-feira, 12.
O juiz considerou ter ficado provado que Chirinda apoderou-se indevidamente do equivalemente a cerca de 129 mil dólares.
O antigo adido financeiro da mesma representação diplomática Horácio Matola recebeu uma pena de anos de prisão pela prática de 19 crimes de peculato.
Entre os crimes cometidos por ambos, segundo o tribunal, estão apropriação indevida de fundos do Estado para viagens alheias ao serviço, pagamentos a terceiros sem relação com a embaixada, enquanto o embaixador foi condenado também por ter ficado com o 13º salário dos funcionários da embaixada.
Os dois devem ainda pagar uma indemnização ao Estado correspondente ao valor de que se apropriaram ilicitamente, bem como o imposto de justiça.
Recorde-se que Bernardo Chirinda foi porta-voz da Frelimo antes de assumir a representação diplomática de Moçambique na Rússia.