O comércio ilegal de madeira em Moçambique continua longe der ter uma solução, enquanto a gestão das florestas acontecer de forma insustentável, defende a União Internacional da Conservação da Natureza (IUCN), Mauricio Xerinda.
"O sector de florestas é aquele que apresenta maior tipo de problemas, desde a própria exploração neste caso insustentável das florestas”, lamenta Xerinda, cuja organização, segundo ele,quer garantir que todos os intervenientes “possam explorar os recursos de forma sustentável para garantir que as gerações vindouras possam beneficiar deste recurso".
Porém, as autoridades florestais dizem estar a controlar a exploração ilegal de madeira e, a título de exemplo, indicam as quantidades enviadas ao exterior que tem diminuído.
"Há melhorias significativas na fiscalização, há melhorias também significativas nas quantidades que estão a ser exportadas, por exemplo o nível de exportações situou-se na ordem de 500 mil metros cúbicos contrariamente aos anos anteriores onde a quantidade exportada era enorme”, diz Iuri Falume, director nacional de Florestas.
Os crime no sector florestal levaram Ministério Público a formar procuradores nesta matéria específica, mas Albino Macamo, clama por maior interligação entre os sectores.
"É preciso que toda a cadeia de valor intervenha, desde aqueles que detectam que são os fiscais, que estão na via pública, até ao ponto culminar que é a Alfândegas que controlam o que sai e entra no país. Estamos a trabalhar com as instituições e já há casos identificados”, revela Macamo, revelando que o Ministério Público exerceu a acção penal e foram condenados alguns envolvidos” no negócio da extracção ilegal de madeira.