Empresários angolanos e chineses vão estar reunidos nos próximos dias
durante o Fórum de Investimento entre os dois países. O objetivo é
procura reforçar as parceria e impulsionar os negócios da empresarial
privada. Para falar sobre o assunto, ouvimos o economista Fernando
Vunge e o deputado Manuel Fernandes.
O volume de negócios entre a China e Angola até 2014 rondava os 37 mil
milhões de dólares. O ‘gigante asiático’ recebe cerca de metade do
petróleo exportado por Angola, em troca de financiamentos às empresas
chinesas envolvidas na reconstrução nacional, como estradas,
caminho-de-ferro e habitação.
O montante do empréstimo e linha de crédito concedidos pela China a
Angola, desde 2004, através de vários bancos estatais, ronda os 15 mil
milhões de dólares.
Angola e china rubricaram novos acordos nas áreas da economia,
finanças, comércio, aviação civil, energia e formação de quadros. São,
no total, nove acordos, entre os quais o de facilitação de vistos para
trabalhadores chineses que labutam em projectos em Angola, bem como
daqueles que têm interesses económicos no país. Angola ainda vai
beneficiar de apoio para construção de parques industriais e zonas
económicas especiais.
Não há dados oficiais sobre o número de chineses que trabalham em
Angola. Mas, segundo a agência noticiosa Lusa, estima-se que seja um
milhão. A última vez que foram avançados dados oficiais foi em Abril
de 2012 e já chegavam aos 259 mil chineses.
Para o sucesso dofórum de investimento Angola/China, o presidente
da república criou uma comissão interministerial constituída por dez
ministros, cujo objectivo é “reforçar o desenvolvimento de sinergias
para a realização de parcerias empresariais e investimentos entre
empresários dos dois países”.
A embaixada da China em Angola informou recentemente haver ”várias
dezenas de empresas chinesas” que já se inscreveram para participar no
evento.