Uma em cada três mulheres no mundo sofreu violência física ou sexual, na maioria das vezes por um parceiro íntimo, disse recentemente em Luanda o coordenador Residente das Nações Unidas em Angola, Pier Paulo Ballofell.
Em Angola, a violência contra mulheres é um tema cada vez mais recorrente.
Essa triste realidade regista-se semanalmente, com denúncias de agressões contra mulheres em todo o país.
Muitas delas, indefesas, recorrem à Organização da Mulher Angolana.
A activista e defensora dos direitos humanos Sizaltina Cutaia considera que a violência contra mulheres em Angola é uma questão cultural que deve ser profundamente alterada.
Neste sentido, propõe que programas de consciencialização das mulheres e da sociedade sejam incluídos no curriculum vitae do ensino do primeiro ciclo.
“A família tem responsabilidade, mas o Estado também tem de incutir não vida das pessoas o sentimento de responsabilização”,diz Cutaia que assenta a sua ideia no pressuposto de que a violência e a discriminação contra as mulheres serão vencidas a longo prazo.