Angola e Guiné-Bissau estão entre os cinco piores países para se nascer, diz um estudo publicado hoje pela revista de saúde The Lancet. À frente destes dois países estão apenas a Serra Leoa e a Somália.
Na lista dos piores países para se nascer, a Guiné-Bissau e Angola ocupam o 3º e 4º lugares respectivamente num total 162 países onde o risco de morte nos primeiros 28 dias de vida é bastante elevado, revelou esta Terça-feira, 20, um conjunto de estudos publicado pela revista de saúde The Lancet.
A série especial sobre a mortalidade neonatal coloca Angola em 4º lugar, com 45,4 mortes em cada mil nascimentos antes dos 28 dias e a Guiné-Bissau em 3º a registar 45,7 mortes em cada mil nascimentos antes dos 28 dias.
Ambos são ultrapassados apenas pela Serra Leoa, a liderar a tabela, em que 49,5 bebés em cada mil morrem antes dos 28 dias, logo seguida pela Somália.
O estudo contempla uma avaliação entre 1990 e 2012, período durante o qual Angola reduziu a taxa de mortalidade neonatal em 12 por cento e a Guiné-Bissau em 22 por cento, revelando também que 23,9 em cada mil partos foram nados mortos em Angola e na Guiné-Bissau os mesmos indicadores correspondem a 29,6 nados mortos.
Moçambique aparece na lista entre os 30 piores com uma taxa de mortalidade neonatal de 30,2 por cada mil nascimentos e uma taxa de nados-mortos de 28,1.
A publicação internacional aponta três principais causas para números tão negativos nestes países: Infecções da mãe, condições do parto e complicações antes e pós parto.
O estudo chama também a atenção para a baixa percentagem de bebés registados à nascença. Na Guiné-Bissau apenas 14 por cento dos bebés são registados antes de completarem 1 ano, em Angola 21 por cento e em Moçambique 29.
Taxas elevadas de mortalidade neonatal afectam a economia global
Um relatório da Organização Mundial de Saúde, de Dezembro de 2012, diz que taxas elevadas de mortalidade neonatal, bem como materna, desacelaram o crescimento económico e resultam em perdas globais de cerca de 15 milhões de dólares todos os anos.
No mesmo relatório, a OMS refere que a solução está no investimento que se faz na saúde reprodutiva da mulher, que em 2005 ficou definida como um dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Países desenvolvidos têm investido no sector, apesar da recessão mundial.
Para os países da União Africana, o relatório diz que as melhorias nesta área implicam que pelo menos 15 por cento do orçamento de Estado seja atribuído ao sector da saúde.
Em Angola, o sector da saúde dividia em 2013, 13,4% do orçamento com a educação.
Na lista dos piores países para se nascer, a Guiné-Bissau e Angola ocupam o 3º e 4º lugares respectivamente num total 162 países onde o risco de morte nos primeiros 28 dias de vida é bastante elevado, revelou esta Terça-feira, 20, um conjunto de estudos publicado pela revista de saúde The Lancet.
A série especial sobre a mortalidade neonatal coloca Angola em 4º lugar, com 45,4 mortes em cada mil nascimentos antes dos 28 dias e a Guiné-Bissau em 3º a registar 45,7 mortes em cada mil nascimentos antes dos 28 dias.
Ambos são ultrapassados apenas pela Serra Leoa, a liderar a tabela, em que 49,5 bebés em cada mil morrem antes dos 28 dias, logo seguida pela Somália.
O estudo contempla uma avaliação entre 1990 e 2012, período durante o qual Angola reduziu a taxa de mortalidade neonatal em 12 por cento e a Guiné-Bissau em 22 por cento, revelando também que 23,9 em cada mil partos foram nados mortos em Angola e na Guiné-Bissau os mesmos indicadores correspondem a 29,6 nados mortos.
Moçambique aparece na lista entre os 30 piores com uma taxa de mortalidade neonatal de 30,2 por cada mil nascimentos e uma taxa de nados-mortos de 28,1.
A publicação internacional aponta três principais causas para números tão negativos nestes países: Infecções da mãe, condições do parto e complicações antes e pós parto.
O estudo chama também a atenção para a baixa percentagem de bebés registados à nascença. Na Guiné-Bissau apenas 14 por cento dos bebés são registados antes de completarem 1 ano, em Angola 21 por cento e em Moçambique 29.
Taxas elevadas de mortalidade neonatal afectam a economia global
Um relatório da Organização Mundial de Saúde, de Dezembro de 2012, diz que taxas elevadas de mortalidade neonatal, bem como materna, desacelaram o crescimento económico e resultam em perdas globais de cerca de 15 milhões de dólares todos os anos.
No mesmo relatório, a OMS refere que a solução está no investimento que se faz na saúde reprodutiva da mulher, que em 2005 ficou definida como um dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Países desenvolvidos têm investido no sector, apesar da recessão mundial.
Para os países da União Africana, o relatório diz que as melhorias nesta área implicam que pelo menos 15 por cento do orçamento de Estado seja atribuído ao sector da saúde.
Em Angola, o sector da saúde dividia em 2013, 13,4% do orçamento com a educação.