A demolição de habitações no Cacuaco é “uma tristeza” e “dor” que nunca foi vista no tempo colonial, disse o Dr Elias Isaac, director da Open Society – Angola.
Isaac falava no programa “Angola Fala Só” em que abordou diversas questões políticas e sociais com vários ouvintes.
A Open Society é uma organização de promoção de direitos humanos e políticos que opera em Angola há vários anos.
O director da organização disse ter visitado o Cacuaco onde recentemente numa aparatosa operação policial foram destruídas as habitações de centenas de famílias que ficaram depois ao relento.
“Nunca tinha testemunhado esta crueldade e esta maldade das pessoas,” disse Isaac.
“Vi crianças ao relento e à chuva, vi tanta dor,” disse
“O que aconteceu nunca aconteceu no tempo colonial, no tempo de Mobutu, no tempo de Amin,” acrescentou em referência a antigos ditadores do Congo e do Uganda.
“Não consigo acreditar que ainda existam dirigentes que conseguem tratar os cidadãos desta maneira,” disse ainda Isaac que afirmou acreditar que o Presidente José Eduardo dos Santos não está a receber “informações correctas” sobre o que se passou.
“Eu acredito que o presidente tem coração, “ afirmou.
Elias Isaac disse que com demolições deste género o governo está a empobrecer os angolanos.
“Destroi-se as casas dos pobres para se construir para os ricos,” acrescentou.
Primeiro, disse, há que construir alternativas para os pobres e só depois então destruir.
O director da Open Society disse ainda que Angola “está muito longe “ de ser uma democracia.
Em resposta ao ouvinte Zeca Lelu de Benguela, que se insurgiu contra a prepotência da polícia e a inoperância do sistema judicial, o activista afirmou que Angola estará “numa verdadeira democracia no dia em que o sistema judicial for independente, fora das influências do Presidente da República e do partido no poder.”
Para além disso, acrescentou, não houve modificação no modo de actuar do partido no poder que continua a “excluir o diferente”.
Vários ouvintes colocaram a questão do orçamento geral do estado e o director da Open Society disse que o maior problemas é que o mesmo não é produto de consenso não reflectindo os interesses de todos os angolanos.
Falando ainda sobre a economia angolana, Elias Isaac disse que embora não sendo economista é de opinião que não se pode medir desenvolvimento com base “ no betão armado” que se constrói.
O nível de vida do cidadão acrescentou deve ser a medida.
Angola, disse ele, só produz petróleo. Uma enorme percentagem do que consome, incluindo alimentos, são importações.
A sua organização está actualmente envolvida num projecto que visa dar mais transparência
Clique no link abaixo para ouvir todos os programas.
Isaac falava no programa “Angola Fala Só” em que abordou diversas questões políticas e sociais com vários ouvintes.
A Open Society é uma organização de promoção de direitos humanos e políticos que opera em Angola há vários anos.
O director da organização disse ter visitado o Cacuaco onde recentemente numa aparatosa operação policial foram destruídas as habitações de centenas de famílias que ficaram depois ao relento.
“Nunca tinha testemunhado esta crueldade e esta maldade das pessoas,” disse Isaac.
“Vi crianças ao relento e à chuva, vi tanta dor,” disse
“O que aconteceu nunca aconteceu no tempo colonial, no tempo de Mobutu, no tempo de Amin,” acrescentou em referência a antigos ditadores do Congo e do Uganda.
“Não consigo acreditar que ainda existam dirigentes que conseguem tratar os cidadãos desta maneira,” disse ainda Isaac que afirmou acreditar que o Presidente José Eduardo dos Santos não está a receber “informações correctas” sobre o que se passou.
“Eu acredito que o presidente tem coração, “ afirmou.
Elias Isaac disse que com demolições deste género o governo está a empobrecer os angolanos.
“Destroi-se as casas dos pobres para se construir para os ricos,” acrescentou.
Primeiro, disse, há que construir alternativas para os pobres e só depois então destruir.
O director da Open Society disse ainda que Angola “está muito longe “ de ser uma democracia.
Em resposta ao ouvinte Zeca Lelu de Benguela, que se insurgiu contra a prepotência da polícia e a inoperância do sistema judicial, o activista afirmou que Angola estará “numa verdadeira democracia no dia em que o sistema judicial for independente, fora das influências do Presidente da República e do partido no poder.”
Para além disso, acrescentou, não houve modificação no modo de actuar do partido no poder que continua a “excluir o diferente”.
Vários ouvintes colocaram a questão do orçamento geral do estado e o director da Open Society disse que o maior problemas é que o mesmo não é produto de consenso não reflectindo os interesses de todos os angolanos.
Falando ainda sobre a economia angolana, Elias Isaac disse que embora não sendo economista é de opinião que não se pode medir desenvolvimento com base “ no betão armado” que se constrói.
O nível de vida do cidadão acrescentou deve ser a medida.
Angola, disse ele, só produz petróleo. Uma enorme percentagem do que consome, incluindo alimentos, são importações.
A sua organização está actualmente envolvida num projecto que visa dar mais transparência
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