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Índice Global de Terrorismo diz que Estado Islâmico continua muito ativo em Moçambique


Pessoas deslocadas da província de Cabo Delgado reúnem-se para receber ajuda humanitária do Programa Alimentar Mundial (PMA) na Escola da Tribuna 21 de abril, na vila de Namapa, distrito de Erati, em Nampula, Moçambique, a 27 de fevereiro de 2024.
Pessoas deslocadas da província de Cabo Delgado reúnem-se para receber ajuda humanitária do Programa Alimentar Mundial (PMA) na Escola da Tribuna 21 de abril, na vila de Namapa, distrito de Erati, em Nampula, Moçambique, a 27 de fevereiro de 2024.

Nos primeiros seis meses de 2024, o grupo realizou ataques mortais, raptos e massacres, provocando a fuga de mais de 200 mil pessoas.

O Índice Global de Terrorismo (GTI) que estuda o fenómeno em 163 países coloca Moçambique na posição 17ª, com mais de 60 incidentes, 122 mortos e 80 reféns apenas no último ano.

O relatório é produzido pelo Instituto de Economia e Paz (IEP), cuja seja está em Sidney, na Austrália, e usa dados do Terrorism Tracker e várias outras fontes.

Nos primeiros seis meses de 2024, o grupo realizou ataques mortais em Moçambique, incluindo raptos e massacres, e provocou o deslocamento de mais de 200 mil pessoas.

O relatório diz que a ala do Estado Islâmico de Moçambique (ISM), conhecida localmente como Al-Shabaab, embora não esteja relacionada com o grupo que atua na Somália, surgiu em outubro de 2017 a partir de uma seita salafista, quando combatentes fortemente armados lançaram ataques contra as forças de segurança no norte da província de Cabo Delgado impulsionados por tensões crescentes com os líderes locais.

O grupo foi designado uma "província" e tem como principal área de operação o norte de Cabo Delgado, embora também tenha feito ataques no sul da Tanzânia.

Os primeiros anos do grupo foram caracterizados por atividades violentas, com ataques frequentes contr civis.

Entre 2017 e 2019, o grupo esteve envolvido em 66 incidentes, a maioria dos quais visaram civis distritos como Macomia, Mocímboa da Praia e Palma.

Em 2019, o ES reconheceu oficialmente o grupo reforçando os recursos e o foco estratégico do mesmo.

O relatório aponta que nos primeiros seis meses de 2024, o grupo realizou ataques mortais, incluindo raptos e massacres, o que provocou o deslocamento de mais de 200 mil pessoas.

Apesar dos esforços das Forças Armadas de Moçambique e de forças internacionais, da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do ruanda, "para recuperar território, o grupo insurgente explorou a fraca autoridade do Estado da região para recuperar força e continua focado na captura e controlo de territórios, seguindo as mesmas estratégias utilizadas por outros ramos do EI no Iraque, Síria e Líbia.", lê-se no relatório,

Esse ramo, segundo Índice Global de Terrorismo, realizou no ano passado 28 ataques terroristas na RDC e 33 em Moçambique.

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