Os familiares do Eduardo Samuel assassinado no dia 3 do mês em curso por um agente da polícia no município do Uíge clamam por justiça. A família, no entanto, diz não ter meios para contratar um advogado.
“Já fomos lá três vezes e estão sempre a nos dizer para voltarmos amanhã, temos certeza que não avançaram com nenhum processo”, disse o irmão do malogrado.
Quem também clama por justiça sobre o caso do assassinato Eduardo Samuel por um agente da ordem publica é a viúva e mãe de 3 filhos, que pede que o suposto agente seja condenado publicamente.
“O pai dos meus filhos teve uma morte lamentável! A partir de terça-feira nós queremos saber se o agente está mesmo detido e se o seu processo seja encaminhado para o Ministério Público e se será julgado” ,clamou a viúva que não consegue se conformar com a morte do marido.
O professor universitário Olavo Castigo aconselhou a família da vitima a recorrer a organizações de carácter filantrópico de direito como a Associação Mãos Livres e outras organizações que prestam serviços de advocacia as pessoas carentes em caso de as autoridades judiciais não tomarem conta do caso.
Castigo acrescentou ainda que o agente como cidadão deve responder criminalmente. Ele defendeu ainda a necessidade de o Ministério do Interior apostar na formação dos agentes policiais no país para conter esta situação.
A VOA procurou ouvir a versão oficial da Policia Nacional no Uíge e a Direcção Provincial de Investigação Criminal (DIPIC), mas ambos recusaram prestar qualquer informação sobre o processo.