A delegação da União Europeia(UE) em Maputo pediu uma “investigação célere e completa” ao ataque contra uma coluna em que seguia o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, considerando que o incidente prejudica os esforços de paz em Moçambique.
Em comunicado, a UE considera que o ataque “prejudica os esforços para alcançar a paz e a estabilidade em Moçambique” porque “o agravamento de tensões e da violência afecta não só a população e o desenvolvimento do país, como tem também impacto no comércio e investimento”.
Ao justificar o pedido de investigação, a delegação diz que “o povo de Moçambique merece ser informado com total clareza sobre o ocorrido”.
“As divergências de natureza política devem ser abordadas por meios pacíficos”, reiterou a UE na nota em que apela ao diálogo entre o Governo e a Renamo.
As embaixadas dos Estados Unidos e do Canadá também condenaram o ataque e apelaram à contenção entre as partes.
Uma caravana em que seguia o líder da Renamo sofreu um ataque na noite de sábado, 13, cuja autoria foi atribuída à Frelimo por Afonso Dhlakama, que o classificou de “emboscada”.
Do incidente resultaram sete feridos, sendo quatro entre os atacantes e três entre os homens da Renamo.
Ontem, a Frelimo, através do seu porta-voz Damião José, acusou a Renamo de ter forjado o ataque para o incriminar.