André Baptista
No segundo dia da reunião do Conselho Nacional da Renamo é mais notável a tensão que se vive nos corredores do evento, entre discursos moderados e mais agressivos do seu líder, Afonso Dhlakama, sugerindo um futuro ainda de instabilidade.
O país tem experimentado momentos de tensão pós-eleitoral desde a recusa por aquele partido em aceitar a derrota nas eleições gerais de 15 de Outubro de 2014, que classifica de “escandalosamente fraudulentas”, e ao exigir a criação de províncias autónomas, que considera a única saída para a actual crise política.
Na terça-feira, o líder da Renamo disse que vai forçar implementação das províncias autónomas “a bem ou mal”, depois de se ter manifestado disposto, na segunda-feira, em reeditar os confrontos.
Contudo, hoje a Renamo criou o que chamou de Comissão para as Causas Políticas, para responder à altura da dinâmica do país.
Segundo José Manteigas, porta-voz reunião, anunciou que a comissão deverá se encarregar acompanhar a situação política para que o partido não caia numa letargia, injectando uma nova dinâmica política.
Ele deixou para depois o esclarecimento sobre o seu objectivo, competências e composição.
Hoje a Renamo analisou as actividades do partido, os informes dos representantes do partido nos órgãos eleitorais e os recentes confrontos militares, além da informação da bancada parlamentar.