O pesquisador do Centro de Integridade Pública(CIP) Nhamire Borges acusou o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) de ter falhado em toda a linha na organização das eleições do passado 15 de Outubro em Moçambique.
Além da desorganização total, Borges denuncia o facto de as empresas seleccionadas para trabalhar na produção dos materiais usados nas eleições pertencerem a pessoas da Frelimo e que só assim se justifica o facto de haver editais nas mãos de eleitores.
Na entrevista à VOA, Nhamire Borges foi também muito crítico em relação aos observadores internacionais que "prestaram um mau serviço a Moçambique".
Para ele, os observadores apenas falaram do dia das eleições, quando "o problema está na organização e na contagem dos votos".
Para o pesquisador da CIP, os observadores "deviam ficar calados".
Borges considerou que a "maioria dos moçambicanos não acredita nas instituições", facto que poderá ser reforçado com o que passou, e teme o regresso da violência ao país.
Acompanhe a entrevista na emissão de hoje, 22, da VOA, e, em especial, na rubrica Agenda Africana.