Já percebeu como os robôs estão a ser introduzidos na economia mundial? Uma fábrica de carros usa robôs e funcionários para montar automóveis. Os robôs transportam as partes que compõem os carros, enquanto os trabalhadores fazem os ajustes manuais. Por exemplo, um veículo popular no Brasil em uma unidade da General Motors leva um dia para ficar pronto.
O sector automobilístico não é o único a beneficiar-se de robôs ou dos avanços da tecnologia. Mas já pensou qual vai ser a consequência disso no mercado de trabalho?
Dr. Luís Camilo Almeida, de 42 anos, professor de Comunicação na Jackson State University no estado americano do Mississipi, preocupa-se muito com o assunto, e em entrevista à VOA focaliza os efeitos colaterais sistêmicos das tecnologias, e como elas estão a mudar a equação da produção mundial.
Ele explica que os investidores estão a tentar mudar essa situação com a exclusão da mão-de-obra, o que é algo muito perigoso.
"Só porque há o avanço da tecnologia e a ideia de que as máquinas podem fazer o trabalho do homem, ou em muitos casos até substituir a mão-de-obra humana, não significa que nós devemos fazer isso."
Entre as profissões que estão a sofrer o impacto negativo do avanço da tecnologia, podem ser citadas as de professores e advogados, entre outras.
“O que vai acontecer com a nossa sociedade quando não tivermos o cidadão para ganhar salário? O que vai acontecer com a economia?"
Dr. Almeida prevê que os trabalhos vão tornar-se mais escassos, e por isso vai haver aumento do desemprego, o que também aumenta a violência.
Dr. Almeida é pessimista sobre o futuro, e acha que a sociedade não vai conseguir evitar que o pior aconteça.
E conclui: "Por que tem essa ideia de que a inteligência artificial é uma coisa óptima? Os robôs estão vindo e isso é muito bonito no papel. Mas quando a gente tem que botar a comida no estômago e ajudar as comunidades, os robôs vão começar a tirar o nosso trabalho."
Confira a entrevista na íntegra.