Faz agora um ano que a Guiné-Bissau deixou de ter voos directos para Lisboa. Nessa altura, a transportadora aérea portuguesa, TAP, anunciou a suspensão dos seus três voos semanais para a capital guineense, alegando quebra de segurança ocorrida no embarque de um voo para Lisboa de 74 passageiros sírios com passaportes falsos.
Mas a partir de amanhã, 14 de Novembro, a companhia EuroAtlântic inaugura o seu voo semanal ligando Lisboa a Bissau. O que será uma mudança muito significativa.
Durante quase um ano, Air Marrocos, foi a única companhia que assegurava a linha Bissau-Lisboa, com escala em Rabat, capital marroquina. Uma trajetória, mesmo que barata, com muitos riscos para os passageiros, sobretudo idosos, e também para as bagagens.
Mamadu Saliu Djaló, com muitos familiares em Portugal, onde reside a maior comunidade guineense no estrangeiro, não escondeu a sua satisfação com a retoma dos voos directos ente Bissau e Lisboa.
Mas há quem refira o passado algo aborrecido com a transportadora aérea portuguesa, esperando que, com a euroAtlantic, se observe uma melhoria de serviços ao nível de segurança das bagagens e bilhetes de passagem.
De alguma forma, muitos interesses empresariais, ficaram resfriados com a ausência, de quase um ano, dos voos directos entre as capitais guineense e portuguesa.
Sheila Carvalho, uma das executivas de um dos hotéis da capital guineense, gostaria que a frequência de voos semanais fosse maior, mas reconhece o impacto positivo dos voos directos para a sua unidade hoteleira.
A retoma amanhã dos voos directos entre Bissau e Lisboa, desta vez, por parte da Companhia EuroAtlantic, há muito desejada pelos guineenses, amortece assim uma longa e difícil maratona de negociações entre as autoridades guineenses e a TAP, enquanto única e tradicional companhia que assegurava os voos directos entre Portugal e Guiné-Bissau.