Bárbara Ferreira Santos
O Brasil comemora nesta sexta-feira, 20, o Dia da Consciência Negra, uma data instituída pelos órgãos do movimento afro-brasileiro para ser um dia de reflexão sobre os avanços e as lutas de resistência negra no país.
A data homenageia Zumbi dos Palmares, o único brasileiro negro considerado um herói nacional.
Zumbi foi o principal representante da resistência à escravidão no Brasil Colonial.
Ele foi o líder do Quilombo dos Palmares, localizado na região da Serra da Barriga, em Alagoas, uma comunidade livre formada por escravos fugitivos dos engenhos, índios e brancos pobres expulsos das fazendas.
O dia comemora os avanços sociais e políticos do movimento negro no Brasil e propõe uma reflexão sobre o que ainda precisa ser feito para promover a igualdade racial, segundo a ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Brasil, Nilma Lino Gomes.
A presidente da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu afirma que, num país como o Brasil, ainda com um nível alto de racismo, a data lembra a contribuição e importância da população negra para a construção da nação.
Em entrevista à VOA, Cida Abreu e Nilma Gomes lembram os avanços na legislação brasileira para a promoção da igualdade racial, como a lei que define racismo como crime inafiançável, a lei de cotas, o estatuto da igualdade racial e a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas.
Abreu destaca a necessidade urgente de se combater o racismo e o preconceito a religiões de matrizes africanas.
Já a ministra da igualdade racial, Nilma Gomes, ressalta a importância das políticas de ações afirmativas e de correcção de desigualdades raciais para combater o racismo. Essas medidas, segundo Gomes, são recentes e fazem parte de um processo de superação do racismo no brasil.
Além do Dia da Consciência Negra, Novembro é considerado o Mês pela Igualdade Racial, uma campanha do Governo brasileiro que pretende mostrar aos brasileiros a necessidade de se falar e, principalmente, de combater o racismo.