Para adensar o cenário, o governo, através do Ministério da Função Pública, veio hoje dizer que está fora de questão qualquer aumento salarial em 100%, tal como pretende a classe médica.
Segundo o governo, o país não está em condições de pagar os aumentos exigidos, pelo que os grevistas terão de se contentar com o que está a ser possível pagar. Enquanto isso, os hospitais públicos continuam a criar agonia para os utentes.
A Reportagem da Voz da América visitou algumas unidades sanitárias de Maputo e ouviu testemunhos de quem viu o serviço de saúde lhe faltar quando mais precisava.
"Cheguei aqui de manhã e me disseram para voltar daqui há cinco dias", disse Horténcia Macamo, utente do Hospital Geral José Macamo em Maputo.
Por sua vez, Eduarda Cipriano agonizava no Hospital Geral de Mavalane, foi a procura de cuidados médicos para a retirada de pontos de uma cesariana recentemente realizada e só foi atendida por solidariedade de algumas enfermeiras grevistas.
"Eu estava aqui caída. Estavam a me mandar para voltar em cinco dias, mas algumas das senhoras que estavam em greve acabaram sentindo pena de mim e vieram me atender", desabafou.
A Associação Médica fala de uma adesão de 90%, números que são negados pelas autoridades do Ministério da Saúde, que garantem que os hospitais estão a funcionar normalmente, apesar dos boicotes.
Com as partes a divergir nos números da adesão, o facto é que pelo menos até ao início desta tarde, as cinco unidades sanitárias que a Voz da América visitou, a falta de pessoal era mais do que evidente.
Amanhã a greve vai ao terceiro dia e os organizadores prometem alargá-la por mais tempo, caso até sexta-feira, data prevista para o fim, não haja nenhuma resposta favorável ao caderno reivindicativo.
Segundo o governo, o país não está em condições de pagar os aumentos exigidos, pelo que os grevistas terão de se contentar com o que está a ser possível pagar. Enquanto isso, os hospitais públicos continuam a criar agonia para os utentes.
A Reportagem da Voz da América visitou algumas unidades sanitárias de Maputo e ouviu testemunhos de quem viu o serviço de saúde lhe faltar quando mais precisava.
"Cheguei aqui de manhã e me disseram para voltar daqui há cinco dias", disse Horténcia Macamo, utente do Hospital Geral José Macamo em Maputo.
Por sua vez, Eduarda Cipriano agonizava no Hospital Geral de Mavalane, foi a procura de cuidados médicos para a retirada de pontos de uma cesariana recentemente realizada e só foi atendida por solidariedade de algumas enfermeiras grevistas.
"Eu estava aqui caída. Estavam a me mandar para voltar em cinco dias, mas algumas das senhoras que estavam em greve acabaram sentindo pena de mim e vieram me atender", desabafou.
A Associação Médica fala de uma adesão de 90%, números que são negados pelas autoridades do Ministério da Saúde, que garantem que os hospitais estão a funcionar normalmente, apesar dos boicotes.
Com as partes a divergir nos números da adesão, o facto é que pelo menos até ao início desta tarde, as cinco unidades sanitárias que a Voz da América visitou, a falta de pessoal era mais do que evidente.
Amanhã a greve vai ao terceiro dia e os organizadores prometem alargá-la por mais tempo, caso até sexta-feira, data prevista para o fim, não haja nenhuma resposta favorável ao caderno reivindicativo.