A Frelimo acusou nesta sexta-feira, 4, o presidente do principal partido da oposição em Moçambique, Renamo, de manter uma postura terrorista, um dia depois de o porta-voz e Afonso Dhlakama ter anunciado a abertura de um quartel-general em Morrumbala, na Zambézia.
"Dhlakama continua a assumir a postura de um homem terrorista, que não tem sentimento humano e é inimigo da paz e do desenvolvimento", acusou Damião José, porta-voz do partido governamental em conferência de imprensa em Maputo.
Aquele responsável afirmou ainda que o líder da Renamo continua a "afirmar-se como inimigo do povo" e de um Estado de Direito Democrático, e convidou Afonso Dhlakama a esquecer a sua "ambição desmedida pelo poder".
Sem citar nomes, Damião José acusou a Renamo de ter os seus patrões, em relação aos “financiadores externos do partido”.
"As condições que a Renamo tem estado a exibir - frota de carros novos, equipamento novo, o material bélico -, mostram que realmente a Renamo tem os seus patrões", acusou o porta-voz da Frelimo.
Ele acusou ainda Afonso Dhlakama de ser “alérgico ao diálogo” como prova a sua decisão de rejeitar a proposta para um encontro com o Presidente Filipe Nyusi.
A declaração de Damião José acontece depois de ontem o porta-voz da Renamo António Muchanga ter anunciado a abertura, na quarta-feira, 3, de um novo quartel-general no distrito de Morrumbala, na província da Zambézia.
Muchanga adiantou que os polícias que irão garantir a segurança nas províncias que a Renamo pretende Governar serão treinados no novo quartel-general.