O director do jornal digital Media Fax, de Moçambique Fernando Mbanze foi constituído arguido ontem pela Procuradoria da República e acusado de difamação à figura e imagem do ex-Presidente da República Armando Guebuza. Na base da acusação está a publicação pelo Media Fax de um post do professor Carlos Nuno Castel Branco, de 18 de Novembro de 2013, no qual fez críticas ao antigo Chefe de Estado.
O caso iniciou a 13 de Dezembro de 2013 quando a procuradoria interrogou Castel Branco, o autor do post. Fernando Mbanze continua a defender que o texto republicado pelo seu jornal tinha interesse público.
“Eu a minha redacção analisamos o texto, que falava essencialmente da tensão político-militar, abordava a questão dos raptos, numa altura em que se registavam três a quatro raptos por semana, entre outra questões várias do país”, explica Mbanze, que viu no post matéria informativa de interesse público.
Aquele jornalista esclarece que, se a Procuradoria vê excessos linguísticos “é outra coisa” que nada tem a ver com a pertinência jornalística do texto.
Para o director do Media Fax, com este procedimento, “a liberdade de imprensa está em causa em Moçambique e um direito constitucional.
Além do director do Media Fax, são arguidos no processo o professor Carlos Nuno Castel Branco e o director do Canal de Moçambique Fernando Veloso, que também publicou o texto.