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Relatório Global sobre o Tráfico Humano é credível, diz o Departamento de Estado


Autores do estudo são acusados de manipular dados.

O Departamento de Estado americano defende a precisão do seu relatório anual global sobre o tráfico humano de 2015, após acusações de que diplomatas seniores manipularam o posicionamento de mais de uma dúzia de países estrategicamente importantes.

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O porta-voz Mark Toner disse nesta terça-feira, 4, que o relatório é “objectivo” e “credível”, e que "mostra que os países estão a melhorar os seus esforços para travar o tráfico de pessoas e para combater a escravatura moderna.”

O relatório, lançado na semana passada, faz uma apreciação sobre como 188 países combatem o tráfico humano.

Vinte e três países foram colocados na lista dos que não têm padrões mínimos para combater o tráfico humano, entre os quais o Irão, Síria, Rússia e Coreia do Norte.

Entretanto, uma análise da agência de notícias Reuters indica que diplomatas seniores viciaram as avaliações de 14 países.

Fontes disseram à Reuters que Malásia, Cuba, China, Índia, Uzbequistão e México constam da lista de países que tiveram classificações altas.

No mês passado, os Estados Unidos e Cuba renovaram as relações diplomáticas depois de cinco décadas de hostilidades.

Funcionários americanos incluíram a Malásia nas negociações da parceria comercial trans-pacífico.

No relatório deste ano, os dois países saíram da lista negra para a lista dos países cujo desempenho deverá ser observado.

Na sequência da publicação da Reuters, alguns políticos americanos criticaram o Governo de Obama.

O senador democrata, Bob Menendez, disse que o assunto, se for real, "é alarmante e inaceitável,” sendo necessário ir a fundo da questão.

Marco Rubio, senador republicano, afirmou que era um perigoso precedente.

Rubio e Menendez fazem parte da Comissão de Relações Internacionais do Senado americano, que esta semana vai questionar a subsecretária de Estado Sarah Sewal, supervisora da unidade que elabora o relatório sobre o tráfico humano.

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