São Tomé e Príncipe e Portugal vão dividir um mandato de quatro anos à frente do secretariado executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Os chefes da diplomacia dos nove países chegaram a este acordo nesta quinta-feira, 17, e colocaram fim a uma polémica entre Portugal e os demais Estados.
Lisboa dizia que era a sua vez de apresentar um candidato a secretário-executivo da CPLP, enquanto os demais afirmavam ser a vez de São Tomé e Príncipe, em virtude de haver um acordo de cavalheiros que colocava Portugal fora do posto em virtude de ser a sede da organização.
Com o acordo de hoje, o novo secretário-executivo será são-tomense nos próximos dois anos e depois será a vez de Portugal indicar um candidato para outro mandato de dois anos.
“As decisões na CPLP são tomadas por consenso. Essa é a regra de consenso, e foi muito fácil chegar a consenso,” disse Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal.
Esta alteração vai obrigar a uma revisão dos estatutos da CPLP.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor Leste Hernâni Coelho, revelou que a organização pretende “debruçar-se sobre os estatutos” nos próximos tempos, de modo a encontrar um “mecanismo mais adequado” de escolha do secretário executivo.