O presidente do PAIGC, no poder na Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira recebeu nesta segunda-feira um ultimato de 24 horas para deixar a liderança do partido, por parte de um grupo de “camaradas”, que o acusa de “desvio de fundos, delapidação do erário público e desrespeito aos estatutos" da organização.
José Saico Baldé, que falou em nome do tal grupo integrado por muitos dos 23 deputados que votaram contra o Programa do Governo na semana passada, ameaçou activar o processo de demissão de Simões Pereira, caso ele não o faça nas próximas horas.
"Somos dirigentes, militantes e simpatizantes do PAIGC preocupados com o mau comportamento do líder do partido que enganou toda gente em como era capaz de organizar o PAIGC", afirmou Baldé, que ameaçou mostrar a Domingos Simões Pereira que “não é ninguém”.
Numa nota lida, o grupo que se opõe à liderança de Simões Pereira vai mais longe e pediu ao Presidente guineense, José Mário Vaz, que demita o actual Executivo caso o novo Programa do Governo não for aprovado no dia 5 de Janeiro.
O Bureau Político do PAIGC esteve reunido na noite desta segunda-feira, mas não houve qualquer pronunciamento público.
O Comité Central reúne-se esta terça-feira.