Sessenta civís e militares participam, até sexta-feira, em Bissau, na conferência sobre a relação civil-militar, organizada pelo Instituto Nacional da Defesa, com o patrocínio dos Estados Unidos.
O encontro serve como um fórum de reflexão e convivência mais restrita entre os civis e os militares, tendo em conta que as relações entre ambos há muito que não têm sido boas.
A precariedade desta conivência denota-se sobretudo nos períodos de convulsões político-militares, através de violências físicas e psicológicas.
Os guineenses, com uniforme militar, são associados aos abusos e agressões. Esse é o quadro que se quer inverter na conferência nacional, disse o Presidente do Instituto Nacional da Defesa, Torrêncio Mendes.
Uma das estratégias de superar este tabu, disse Torrêncio Mendes, é juntar, na mesma sala, os militares e os civis.
Este é a segunda conferência do género. A primeira teve lugar em 2014, na véspera de eleições gerais, e teve lugar nas zonas militares Norte, Sul e Leste.
A presente conferência acontece numa altura em que o país enfrenta mais uma fase crítica do seu percurso democrático.
Para o Presidente do Instituto Nacional da Defesa, o diálogo é o único instrumento à disposição para fazer face a isso.