Nos últimos tempos, Moçambique enfrenta algumas restrições que impedem que a sua economia cresça ao ritmo registado nos últimos três ou quatro anos.
Uma dessas limitações prende-se com o abrandamento do investimento directo estrangeiro, que vinha suportando substancialmente esse ritmo de crescimento.
O analista Tomás Rondinho diz que este abrandamento se deve ao facto dos investidores terem perdido a confiança no país, "porque o cenário político-militar nao é favorável, dado que em Moçambique está instalado o medo e a desconfiança".
Rondinho diz ter conhecimento de muitos projectos que não avançaram por causa deste conflito, mas esclarece que além deste factor há questões externas como a queda dos preços das matérias primas nos mercados internacionais.
Para o analista, o arranque do projecto do gás natural liquefeio (GNL), a cargo da companhia americana Anadarko, no norte de Moçambique, está a ser afectado por uma conjuntura económica adversa.
Alguns economistas dizem que se a situação de conflito político e a conjuntura económica mundial adversa continuarem por muito tempo, Moçambique poderá ter uma recessão económica.
Mas para Rondinho o cenário de recessão já é perceptível.
Para não complicar mais o cenário, o economista Ragendra de Sousa adverte que Moçambique deverá reduzir o endividamento.
E no caso de necessidade para a criação de infraestruturas, o país deverá optar por "um endividamento com crédito concessionado".