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Angola: manifestantes dizem que vão apresentar queixa à procuradoria


Polícia nega espancamentos mas fotos indicam o contrário

O grupo de jovens que foi preso quando tentava manifestar-se em Luanda na Terça-feira, 27, vai apresentar junto da Procuradoria-Geral da República, uma queixa-crime contra o Ministro do Interior, Ângelo Veiga Tavares, por alegadamente ter orientado a violência a que foram submetidos.
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Sem gravar entrevistas o comandante geral da Polícia Nacional, Comissário-chefe, Ambrósio Freire de Lemos e o comandante provincial de Luanda comissário António Maria Sita, afirmaram desconhecer qualquer acto de espancamento cometido contra os activistas.

Contudo, um destacado militante do Bloco Democrático e do Sindicato dos Professores disse ter sido espancado e fotos demonstram que foi agredido.

Em entrevista a uma rádio estrangeira, o Secretário Nacional Para Formação E Cultura do Bloco Democrático e responsável do Sinprof, Manuel de Victória Pereira disse que os detidos foram barbaramente espancados:

“Eu sabia de algumas prisões e procurava comunicar via SMS, quando a PIR agarrou em mim, meteu-me no carro e começou a espancar-me”, contou.

“Bateram-nos muito mesmo, foram me chamando de branco, mulato”, continuou.

Por outro lado Adolfo Campos que fazia parte do grupo que se tentou manifestar, apelou ao fim da repressão policial alertando que caso continue pode se registar a qualquer momento uma rebelião popular no país:

“Nós temos pais, temos mães temos primos e temos gentes que seguem os nossos ideais. Se continuarem assim um dia vai haver uma rebelião”, acrescentou.

A manifestação impedida pela polícia tinha sido convocada para protestar contra assassinatos alegadamente cometidos pelo estado.

Muitos dos manfiestantes presos foram soltos a cerca de 100 quilómetros de Luanda.
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