O Governo de Cabo Verde anunciou a introdução do Português como língua não-materna a partir do próximo ano lectivo.
A ministra da Educação Maritza Rosabal garantiu que, com esta iniciativa, o Executivo pretende fortalecer a língua portuguesa no país.
"A língua portuguesa é abordada como língua primeira de Cabo Verde, quando não é. Temos uma eficácia do sistema muito baixa, em que apenas 44 por cento das crianças que começam o primeiro ano finalizam o 12º em tempo”, revelou Rosabal, depois de ter assinado nesta quarta-feira, 7, um acordo de cooperação com o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, na Praia.
A ministra cabo-verdiana admitiu que a “duplicidade linguística afecta o processo”, porque “a nossa língua materna é o crioulo, mas como língua instrumental de trabalho e de comunicação temos que fortalecer a língua portuguesa".
O Português, como segunda língua, começará a ser introduzido no ensino pré-escolar (4/5 anos) e no primeiro ano no ensino básico, avançando progressivamente aos restantes anos do primeiro ciclo.
O Instituto Camões vai ajudar o Governo de Cabo Verde na elaboração dos materiais e na assistência técnica.