Dezenas de polícias saíram às ruas de Malanje no fim-de-semana para impedir uma manifestação que aparentemente tinha a adesão de apenas cinco pessoas do auto denominado Movimento Revolucionário local.
Os manifestantes dizem que programaram quatro manifestações.
Ninguém foi detido, mas o policiamento no largo Ginga Mbande e arredores impossibilitou que os manifestantes se aproximassem do local de concentração para uma marcha que os levaria os até ao largo 4 de Fevereiro para reivindicar o fim do abuso de poder e da violação dos direitos humanos pelas autoridades angolanas.
Joaquim Fuxe António “Lágrimas” disse que penas cinco jovens participaram na tentativa de manifestação “porque os outros foram passar férias em outras províncias e os demais sentiram-se ocupados e não havia quem render”.
O activista Edmar Félix Francisco “Dois F”, um dos co-organizadores da manifestação referiu que não vão parar apesar dos obstáculos impostos aos integrantes da União dos Activistas das 18 Províncias em Malanje.
“Nós temos um projecto de a partir do mês de Agosto até Dezembro sairmos todos os meses”, disse.
Uma fonte próxima da Polícia Nacional em Malanje confirmou a recepção de uma comunicação do Movimento Revolucionário de Malanje sobre a realização de uma manifestação no dia 20 de Agosto a partir do largo Ginga Mbande, mas disse que não tinha sido apresentada prova da sua legalidade.
A marcha não foi autorizada, dai o aperto ao cerco para evitar qualquer tentativa de perturbação da ordem e tranquilidade públicas na capital, referiu a mesma fonte.